O fim da temporada de Grand Slams, o US Open é o evento imperdível do final do verão. Este torneio, que se realiza em Nova Iorque, é conhecido pela sua atmosfera elétrica, as suas espetaculares sessões noturnas e os seus courts duros implacáveis. Entre tradição e modernidade, o US Open oferece um espetáculo único, muitas vezes marcado pela desmesura da Big Apple.
A história do US Open: um torneio que soube evoluir
Ao contrário de Wimbledon ou Roland-Garros, o US Open conheceu inúmeras mudanças ao longo das décadas, o que moldou a sua identidade de torneio moderno.
1881: O torneio nasceu em Newport, Rhode Island, sob o nome de U.S. National Championship. As primeiras edições jogam-se na relva e são reservadas aos homens.
Os anos 60: O torneio integra a Era Open em 1968, abrindo as suas portas aos jogadores profissionais. Muda-se para Forest Hills, no Queens em Nova Iorque, e joga-se na terra batida.
1978: Uma viragem importante. O torneio instala-se no seu local atual, o USTA Billie Jean King National Tennis Center, e muda de superfície para courts duros (DecoTurf), uma superfície que não mais abandonou desde então.
Esta história mutável permitiu ao US Open tornar-se o torneio mais inovador dos quatro Grand Slams.
As especificidades do US Open: do hard court ao "show" nova-iorquino
A identidade do US Open baseia-se em várias características que o distinguem dos outros torneios maiores.
A superfície: Os courts duros DecoTurf são rápidos, o que favorece os batedores e os jogadores agressivos. No entanto, a bola ressalta de forma muito regular, o que dá origem a trocas mais longas e muitas vezes espetaculares.
A atmosfera: A energia do público nova-iorquino é lendária. As sessões noturnas em particular, que se desenrolam numa atmosfera de show à americana, tornaram-se a marca de fábrica do torneio. O barulho das bancadas e a música criam uma atmosfera única que por vezes pode desestabilizar os jogadores.
O estádio Arthur Ashe: O maior court de ténis do mundo, com uma capacidade de quase 24.000 espetadores. É dotado de um teto retrátil desde 2016, o que permite que os jogos prossigam, mesmo em caso de chuva.
Fun facts do US Open
Um local mítico: O complexo do USTA Billie Jean King National Tennis Center é o maior do mundo. O court número 2, o Louis Armstrong Stadium, pode acolher 14.000 pessoas, e o Grandstand 8.000.
Um torneio de inovação: O US Open é o primeiro Grand Slam a ter utilizado a tecnologia do tie-break e a ter proposto uma igualdade de prémios entre homens e mulheres desde 1973.
O espetáculo noturno: As sessões noturnas surgiram em 1975 com a primeira final masculina à noite. Esta inovação, inicialmente concebida para a televisão, teve um sucesso imediato e o formato foi mantido na ideia de um Show TV!
O fim das calças: Em 1931, Bunny Austin revolucionou a moda do ténis ao usar uns calções no US Open, quebrando assim o código de vestuário formal da época. A sua audácia abriu o caminho a uma nova era de trajes mais confortáveis e práticos para os jogadores.
Conclusão: o espetáculo e a intensidade, marca de fábrica do US Open
O US Open é muito mais do que um simples torneio de ténis: é um evento desportivo que alia a tradição do jogo ao espetáculo da cultura americana. A sua superfície rápida, a sua atmosfera única e o seu estatuto de último Grand Slam do ano fazem dele um evento cheio de surpresas e emoções. É o palco ideal para os campeões que procuram inscrever pela última vez o seu nome na história antes do final da temporada.
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